Socialismo malthusiano

Ai de quem abra a boca para falar da eleição do fado a património imaterial da humanidade pela UNESCO, que se em Coimbra há machistas que proíbem as mulheres de cantar o fado da cidade, ninguém que se diga de esquerda pode apreciar o género. Porque machistas não são as pessoas, é o fado. Claro. A Amália Rodrigues foi usada (e talvez se tenha deixado usar) como símbolo Português pelo regime fascista de Salazar. É, claro, fascista. Ela e o género musical que representa. 

Atenção benfiquistas de esquerda!, não se esqueçam que estão a apoiar um clube de futebol fascista cujo maior símbolo estava em pé de igualdade com Amália para o regime do Oliveirinha. É que se o Benfica foi usado de igual forma por Salazar, este é, obviamente, um clube fascista. O Benfica, o Fado, o Eusébio, a Amália, tu que gostas do Benfica e eu que gosto de Fado. Somos todos fascistas! A lógica é óbvia e só não vê quem não quer...

No Socialismo não haverá lugar para o Fado, que é machista, nem para o Benfica, que é fascista, nem para ópera, que é uma expressão musical burguesa e pelos vistos também não há lugar para mim.

('tou-me a cagar para a eleição do fado, não tenho orgulho nenhum com isto, mas não tenho que fingir não gostar do género por ser de esquerda. não sou burra, não tenho palas nos olhos e consigo perceber que o alvo aqui é o machismo ligado à tradição de coimbra e não o género musical - porque se não houvesse fado o machismo continuaria a existr. que se fodam os broncos do fado de coimbra, que se fodam as meninas das tunas para quem a opressão sexista está apenas presente na proibição de cantarem na serenata, que se foda a serenata e que se fodam todos os idiotas de esquerda demasiado afogados no seu próprio radicalismo para usarem o cérebro.)