Esta tarde encontrei no jardim do bairro uma senhora a passear um coelho. O coelho era branco com manchas castanhas, muito bonito e querido. Ora ficava parado na relva a olhar tudo à sua volta, ora se divertia a saltar até onde a trela permitia. A senhora que o passeava era gorda, tinha os cabelos longos e mal tratados e vestia roupas feias alguns números acima do seu. Tinha a boca aberta, não tirou os olhos do chão e não tinha qualquer expressão no rosto. Parecia estar drogada com calmantes ou anti-depressivos, estava viva mas não existia.
Senti imensa pena do coelho.
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